quarta-feira, 24 de maio de 2023

 Violência gera violência.

Gilberto Gil reconheceu que este mundo está difícil. Ele, que sempre foi otimista, proferindo estas palavras, trouxe-me a agonia da verdade. Está difícil conviver com a violência. Violência em todos os setores, em todas as chamadas classes sociais, coisa que abomino ! Que classe ? Aquela que vai colocar o mais rico, com  pé junto no caixão mais bonito ? Ah ! Todos apodrecerão depois de mortos ou as cinzas serão espalhadas, é o mesmo destino: fim. Então que classes ? Mas vamos deixar isto para lá porque já estou sendo tachada de comunista por estas palavras...

Bem, era isto, somente um breve registro de um mundo muito estranho, em que nunca pensei em viver. Está difícil Gilberto Gil !!!!!!!! 

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Não acabou...

A pandemia não acabou. Intermináveis cepas de Omicrom andam por aí. O que escrever ? Só se for das tardes em que olho o entardecer com seus inúmeros pássaros indo apressados para algum lugar mágico onde dormem.
Volto mais tarde...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Pandemia

Só para finas de registro, estamos desde março de 2020 em pandemia por causa de um vírus. É mais um dos Coronavírus que atacam trocentas espécies neste planeta. 

Ficamos reclusos, com praias e locais públicos fechados, o que me deixou incomodada no início, mas foi bom para conseguir boas fotos pois no início a cidade parecia coisa de filme de tão vazia.

Agora apareceu uma vacina, mas o vírus, este maroto, já preparou outras cepas. e pensar que como todos os seres vivos, foi criado por  Deus para dar um pouco de trabalho ou devastar economias pelo mundo. Mas vírus que somente possui o RNA tem vida ? Seria ele um grande parasita se replicando com a ajuda de nossas células ? 

Para fins de registro, a pandemia e o Home Office continua...

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Sonho

Foi um sonho. Certamente decorrente destes tempos de ódio, intrigas, blás-blás-blás jogados fora. foi assim nos últimos 15 anos também. Desperdício total...segregação máxima, tanto que li "Memórias de um Sobrevivente " de Doris Lessing outra vez para me lembrar do que poderia acontecer. Errei nas previsões. Nunca fui boa nisto. Meu negócio é simplesmente ler e pensar. Sonhar também.
Sonhei que estávamos indo para um local perto do Jardim Botânico, lugar em que encontramos paz e sossego para recarregar as baterias neuronais. Procuramos o local, que ficava perto de uma escola e uma aluna nos informou que o local era aquilo agora. Aquilo era uma parede de uma altura de seis andares com pontas de cimento que serviam para subir e descer.  Júlio desceu e me vi olhando para o nada, pois nada se enxergava lá embaixo.
Olhei para o lado e, como costumam aparecer em sonhos, do nada apareceu um pedaço de terra com grama desgastada onde vi um pavão que se contorceu transformando - se em faisão, logo depois voltando a sua forma original de pavão. um pouco mais acima, numa folha grande estava um filhote de tigre branco. Um mamífero meio tamanduá meio gambá mordeu o pescocinho do tigre filhote pegando uma parte do sangue. Dava para ver uma parte rosa, onde o sangue ainda circulava e outra branca onde faltava sangue. Afugentei o mamífero híbrido e fiquei com o filhote de tigre que cabia na minha mão de tão minúsculo. Percebi que deveria dar água para que ele voltasse a ter sangue. Achando água corrente, pinguei um pouco na boca do tigre filhote que voltou a ter a parte branca, onde não tinha sangue, mais rosa. Percebi que tinha de dar mais água, aos poucos.
Aguardando Júlio voltar, sentei-me numa escada de cimento perto de um homem sentado naquelas escrivaninhas de repartição pública dos anos 80/90. O homem falou algo, mas não prestei atenção. Minha atenção era para o filhote de tigre que deveria dar água dali a pouco tempo.
Acordei.



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Percy

Persistente
Comeu migalhas
Aprendeu aprender
Sobrevivente
Sobreviveu aos próximos
Sobrevida
Sobre a vida de Percy
Simplesmente sabe
Que passarinho dorme no alto

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Memória fraterna

Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones...não, não amávamos nem um nem outro. Quando ele nasceu eu tinha onze anos, e comecei a gostar de rock progressivo aos 15...ele com quatro anos seguiu este gosto musical. Ele detestava aqueles sambas canções da época, mas curtia o Led Zeppelin, Emerson Lake and Palmer, Pink Floyd , fã incondicional de Jethro Tull, superou-me no aprendizado e me apresentou Eloy. Só discordamos quando o Genesis foi para as mãos de Phil Collins que eu detestava... O que tínhamos em comum? O respeito pelos animais, e a admiração da criação da natureza. E o nosso imenso respeito um pelo outro, coisa que eu descobri, alguns anos, atrás ser raro entre irmãos. Um encobria os segredos e confusões do outro para o resto da família. Era simples assim : nunca falávamos para ninguém o que o outro tinha feito de errado. Nossa mãe só veio a descobrir nossas travessuras muitos anos atrás delas terem ocorrido.  O que mais nos unia : a liberdade que nossa mãe sabiamente nos proporcionou. Liberdade para fazermos o que queríamos da vida, contanto que não prejudicássemos os outros. Ele conhecia meus gostos e se ia comprar algo perguntava se eu queria que trouxesse para mim também. Acertava em cheio e lembro até hoje de umas camisetas lindas da antiga Company. Tínhamos qualidades e defeitos. De vez em quando tinha briga pelo espaço do quarto tomado por um imenso autorama que ele não gostava que eu usasse ou pela minha bagunça que sempre foi crônica, coisa que ele, perfeccionista e organizado detestava. Voaram algumas panelas em duas brigas, mas nada que mercúrio cromo na época não curasse! Não gostávamos de ambientes sufocantes e uma característica em comum era a entrada e saída de qualquer lugar que fossemos na hora em que desejássemos! Nada de “- Fica mais um pouco”, isto sempre nos desagradou. Bem, ele se foi. Perder um irmão é algo estranho, por mais que se more longe um do outro é como se perdêssemos um pouco de nossa identidade ...ficamos um pouco perdidos, sem entender o que aconteceu. Os dias vão passar, mas aquele pedaço vai ficar vazio, meio oco, meio dolorido nas horas em que olharmos para algo que o traga na lembrança. Este texto ficou guardado desde 06/2014. Nada mudei...só não lembro o motivo de não ter publicado